Apneia do sono ou Apneia noturna é uma desordem do sono caracterizada pela suspensão da respiração durante o sono. Estes episódios de apneia (do grego em grego: ἄπνοια (ápnoia), falta de respiração) podem durar alguns segundos, por tempo suficiente para que uma ou mais respirações sejam perdidas, após os quais é retomada a respiração normal, e ocorrem repetidamente durante o sono. A definição padrão de qualquer evento apneico inclui um intervalo mínimo de 10 segundos entre as respirações, com despertar neurológico (monitorado por EEG) ou dessaturação da oxiemoglobina de mais de 3-4%, ou ambos. Na maior parte das vezes, as apneias não são suficientes para despertar a pessoa, mas há uma alteração no padrão de sono, passando do sono profundo para um sono mais superficial. Como este sono não é repousante, as manifestações típicas são uma sensação de "noite mal dormida" ao despertar, assim como fadiga e sonolência durante o dia. A apneia do sono é diagnosticada com um teste chamado polissonografia, ou "estudo do sono".
Sintomas da apnéia do sono
A apnéia limita o intercâmbio de gases no sistema respiratório, fazendo que o nível de oxigênio no sangue diminua e também aumente o nível de dióxido de carbono (CO2). Se o nível de CO2 alcança um limite crítico, o cérebro alerta o corpo para que acorde e reinicie a respiração consciente, e os pacientes se acordam ansiosos varias vezes durante a noite, respirando forte e profundamente; portanto a apnéia reduz a qualidade do sono e faz que os pacientes com apnéia sofram potencialmente de um número de sintomas:
- Roncos
- Sono agitado, não reparador.
- Tendência a dormir-se durante o dia (sonolência diurna)
- Dificuldade para concentrar-se e perda de memória
- Dores de cabeça ao acordar
- Necessidades freqüentes de urinar durante a noite (noturna)
- Problemas de libido
- Pressão sanguínea alta
- Aumento de peso
A apnéia ao sono, se não for tratada, causa pressão sanguínea alta e outras doenças cardiovasculares. Devido à sonolência diurna excessiva também pode provocar transtornos para trabalhar e acidentes de trânsito.
Felizmente, a apnéia do sono se pode diagnosticar e tratar. Existem diferentes opções de tratamento. Se você sofre dos sintomas mencionados acima, deve consultar-se com seu médico.
Tratamento da apnéia do sono
O tratamento é definido especificamente em cada caso, pois vai depender dos sintomas e de sua gravidade, e também dos resultados da polissonografia. Existem alternativas não-cirúrgicas e cirúrgicas.
Entre os tratamentos não-cirúrgicos, podemos destacar:
Terapia Comportamental
Consiste em mudanças dos hábitos de vida, o que pode reduzir significativamente a gravidade da doença. É importante que o médico que acompanha o paciente, saiba que ele é portador da síndrome, de maneira a evitar a prescrição de medicamentos, indutores da ocorrência dos episódios de apnéia. Outro aspecto importante é que essas mudanças dos hábitos de vida não levam à cura da doença, e frequentemente outros tratamentos são necessários.
As medidas recomendadas incluem:
- Perda de peso;
- Evitar o consumo de álcool pelo menos quatro horas antes de ir dormir;
- Evitar medicamentos que favorecem a ocorrência da apnéia;
- Dormir de lado, evitando dormir de barriga para cima;
- Evitar o consumo de refeições pesadas antes de dormir;
- Evitar fumar pelo menos quatro horas antes de ir dormir;
- Evitar ficar sem dormir;
- Procurar manter horários regulares de dormir e acordar;
- Elevar a cabeceira da cama aproximadamente 15-20 cm .
Dispositivos de Ventilação
Esses dispositivos são representados pela chamada “Ventilação com pressão positiva contínua” (CPAP). Esses aparelhos mantêm uma pressão constante na via aérea, fazendo com que a garganta fique sempre aberta, durante o sono. São utilizados na forma de máscaras que se adaptam ao nariz e à boca. O aparelho deve ser usado sempre que o paciente for dormir, e é bem tolerado pelos pacientes, desde que a máscara adapte-se bem. A melhora do quadro é significativa e rápida.
Prótese Dentária
Funciona elevando a mandíbula e retendo a língua, durante o sono, evitando que a mesma “caia” e obstrua a garganta.
Quanto ao tratamento cirúrgico, a traqueostomia já foi indicada como de primeira escolha. Ela consiste na realização de uma abertura na traquéia, na região anterior do pescoço, comunicando a via aérea diretamente com o ar atmosférico. Porém, é um procedimento cirúrgico e apresenta riscos e complicações, de forma que atualmente é indicada apenas em casos mais graves e em pacientes selecionados. Outras técnicas de cirurgia podem ser utilizadas, dependendo do caso, devendo as opções ser discutidas com seu médico.
Tipos
Apnéia central: Pouco comum esse tipo de apnéia acontece quando o cérebro deixa de enviar ordem aos músculos do tórax responsáveis pela respiração. Ou seja, a via aérea superior está aberta, mas o tórax não se movimenta. Está freqüentemente relacionada com problemas neurológicos e insuficiência cardíaca congestiva.
Apnéia obstrutiva: apesar dos movimentos torácicos presentes, a via aérea superior (a faringe) está obstruída. É mais freqüente e mais grave que a apnéia central, e pode ser causada:
¿ pelo excesso de tecido (hipertrofia de adenóide e amídalas, palato alongado, língua volumosa, e mais raramente presença de cistos e tumores na faringe);
¿ obesidade (acúmulo de gordura ao redor da faringe) e alterações do esqueleto facial (pessoas com queixo e maxilares pequenos e posteriorizados).
¿ pelo excesso de tecido (hipertrofia de adenóide e amídalas, palato alongado, língua volumosa, e mais raramente presença de cistos e tumores na faringe);
¿ obesidade (acúmulo de gordura ao redor da faringe) e alterações do esqueleto facial (pessoas com queixo e maxilares pequenos e posteriorizados).
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